Esses 2 segmentos interagem e se retroalimentam pois envolvem ações relacionadas ao aprendizado seja nos ambientes formais (a escola); ou informais (a família, pequenas comunidades, os meios de comunicação, a sociedade em geral e o contato mais amplo com o universo). Políticas dessa natureza propiciam ao indivíduo a percepção e entendimento de si mesmo, da realidade que o rodeia dentro e fora de seu hábitat. A partir desse entendimento, emerge sua consciência crítica diante de diversos temas: o lar, a família, a escola, o meio ambiente, a sociedade, as relações sociais, as diversas culturas, a economia. Entende-se que à gestão pública cabe refletir e implementar ações relacionadas à escola (seus espaços, infra-estruturas, recursos técnicos e humanos), aos novos métodos e recursos de aprendizagem, à capacitação dos profissionais da área educativa, a revisão dos currículos escolares, inserindo temas emergentes e transversais, tais como, meio ambiente, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ética, cidadania, direitos e deveres, globalização. Assim, atravessa-se a fronteira da simples alfabetização.
Cabe também à esfera pública oferecer ao indivíduo condições para ampliar seu repertório individual, sua visão e percepção do mundo em espaços sociais compartilhados nos quais possa vivenciar sua própria cultura, conhecer outras e, assim, gerar novos produtos culturais. Portanto, para desenvolvimento do potencial humano e canalização positiva de suas habilidades, enquanto ser social, são necessários centros de arte, cultura, lazer e esportes; escolas reestruturadas, profissionais capacitados, eventos socioculturais e educativos, áreas públicas abrigando atividades que promovam a interação e a inclusão social. –